Segundo Robert Lawlor, em seu
livro intitulado “ Geometria Sagrada”, atualmente, estamos vivenciando, no
campo das ciências, uma tendência universal para a abdicação da pressuposição
de que a natureza fundamental da matéria pode ser estudada a partir do ponto de
vista da substância (partículas, quantum), em favor do conceito segundo o qual
a natureza fundamental do mundo material só pode ser conhecida através do
estudo da organização subjacente de suas formas ou ondas. Ainda de acordo com o
autor, tanto os nossos órgãos de
percepção, como o mundo dos fenômenos que percebemos parecem compreender-se
melhor como sistemas de esquemas puros, ou como estruturas geométricas de forma
e proporção. Daí que, quando muitas das culturas antigas optaram por examinar a
realidade através das metáforas da geometria e da música.
Em nossa realidade, podemos
inferir que a geometria é um principio orientador, estando presente em toda a
natureza. Assim, partindo desse pressuposto, podemos compreender o pensamento
de alguns cientistas e filósofos, que o mundo tem uma representação material de
formas. Já numa concepção mística, a geometria mostra a soberania do divino,
revelando a harmonia, manifesta em padrão físico metafísico que se torna o
causador do padrão físico.
Protágoras
afirmava que "O homem é a medida de todas as coisas, dos seres vivos que existem
e das não-entidades que não existem.“
Para Nigel Pennick:
“Os princípios norteadores
da geometria sagrada transcendem as considerações religiosas sectárias. Como
uma tecnologia que tem o objetivo de reintegrar a humanidade no todo cósmico,
ela funcionará, como a eletricidade, para todas as pessoas que observarem os
critérios, não importa quais sejam os seus princípios ou propósitos. A
aplicação universal dos princípios idênticos da geometria sagrada em lugares
separados no tempo, no espaço e por crenças às diferentes atesta a sua natureza
transcendental. Assim, a geometria sagrada foi aplicada nos templos pagãos do
Sol, nos relicários de Ísis, nos tabernáculos de Jeová, nos santuários de
Marduk, nos santuários erigidos em honra dos santos cristãos, nas mesquitas
islâmicas e nos mausoléus reais e sagrados.Em todos os casos, uma cadeia de
princípios imutáveis conecta essas estruturas sagradas.A geometria é geralmente
incluída na disciplina da matemática;todavia, a matemática numérica, na
verdade, derivou da geometria, que possui uma ordem muito mais fundamental do
que a mera manipulação de números, que é criação do homem”
Desde
tempos remotos, se reconhece na natureza das formas um meio para traduzir a
harmonia e a unidade, assim torna-se a geometria sagrada o estudo das ligações
entre as proporções e formas contidas no microcosmo e no macrocosmo com o
propósito de compreender a Unidade que permeia toda a vida, levando-nos a
compreensão da convergência que permite nos concluir que a Verdade-Real
origina-se de uma única fonte, onde todos estamos conectados.
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