Dentro da casinha de Ao se adentrar
um templo de Umbanda, certamente, muitos se depararão com as firmezas
existentes na porta, as famosas “casinhas” ou “tronqueiras” de Exu.
Tais firmezas tem como finalidade o assentamento das
forças de nossos guardiões, sendo um recurso utilizado para a proteção do
local. Na verdade, ela é como um portal, o qual foi ativado, que impede as
forças negativas e hostis de atrapalhar ou atacar o templo.
Nesse instante, cabe-nos destacar que os guardiões
qualquer que seja o designação cultural utilizada, já eram apreciados na antiga
Mesopotâmia muita antes dos celtas ou italianos virem tomar ciência de sua
existência. Na verdade,
os guardiões constituem um conceito comum à maioria das tradições mágicas, ainda que possam existir divergentes e diferentes concepções sobre a mesma entidade.
os guardiões constituem um conceito comum à maioria das tradições mágicas, ainda que possam existir divergentes e diferentes concepções sobre a mesma entidade.
Dentro da
bruxaria, por exemplo, temos os guardiões das torres, os quais zelam por um
ponto cardeal e servem de proteção contra as energias nefastas. Assim, em
analogia, resguardadas as devidas interpretações culturais e esotéricas,
podemos dizer de forma geral que possuem a mesma função de Exu.
Podemos aqui fazer algumas analogias, sem a
pretensão de serem verdades absolutas, mas que podem nos abrir perspectivas de
entendimento do referido assunto. Inicialmente, podemos entender um templo de
Umbanda como um corpo humano, onde temos a cabeça do axé, a qual está próxima
do conga, depois temos os braços -(sendo um representativo da energia masculina
e o outro da feminina- e por outro lado, os pés do Axé, ao nosso ver,
representado pela tronqueira. Nessa perspectiva, vemos uma possível ligação,
uma vez que o pé é o que dá sustentação ao corpo, assim é o fundamento de Exu
que objetiva dar sustentação ao templo. Também é possível fazer essa analogia
pela perspectiva do pentagrama, lembrando que o mesmo representa a movimentação
energética.
Exu, temos a representação dos 4 elementos, os quais
são itens necessários para a ativação do portal de forças do Sr. Exu. Cabe
ainda destacar que com isso, ativamos as
forças sutis, as quais se utilizam os guardiões no seu trabalho. Tais elementos
propiciam, em seu aspecto mais interno, manutenção do equilíbrio
mágico-vibratório, mantendo inclusive a própria vida física, pois movimenta as
forças vitais.
Por meio dos itens utilizados na edificação do
portal, podemos inferir que por meio da movimentação da magia
astroetérica, englobando as forças sutis
da natureza, sob o comando e vibração dos Orixás, emergem o equilíbrio necessário
realizado por Exu para o ritual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário