Basicamente, a defumação
consiste na queima de ervas ou resinas no carvão dentro de um turíbulo, com uma
finalidade ritualística, mística e religiosa. Entretanto, são raros os momentos
em que paramos para refletir sobre os fundamentos presentes num ato de
defumação.
Inicialmente, cabe-nos
destacar que a utilização da fumaça em rituais religiosos, está presente em
diversos segmentos religiosos, sendo um ato mágico que atua nos campos físico,
mental e espiritual.
Em primeiro lugar,
precisamos apontar a necessidade do elemento fogo para ativação do presente
ritual, ou seja, faz-se necessário o fogo para acender o carvão. Em seguida,
temos a necessidade das ervas ou resinas que serão utilizadas.
Embora muitas vezes a
defumação esteja ligada ao elemento Ar, ela na verdade contém a representação
dos 4 elementos, considerando os elementos que compõem todo o processo. O fogo
está presente no carvão, a água e a terra estão presentes nas ervas e o ar na
fumaça produzida.
Considerando as
características de cada elemento:
Fogo= radiante
Água= fluência
Ar= expansão
Terra= coesão
Por outro lado, há
diversas discussões em torno do tipo de material que deve ser utilizado para
confecção de um turíbulo. Ao nosso ver, o correto é ser feito de barro, pois
ele contém os 4 elementos em si, afinal ele precisou da terra, do fogo, da água
e do ar para tomar a forma.
Já em relação ao metal,
temos como primordial a sua característica de ser um elemento condutor. Assim,
por exemplo, numa defumação de descarrego, a fumaça que sai das ervas ajudam a
atrair os miasmas e larvas astrais para origem da fumaça, ficando assim
atraídos pelo metal, sendo conduzidos ao barro e queimados. O que acontece
aqui, para aprofundarmos mais, tem a ver com a lei vibratória das energias no
universo. Durante a defumação, a vibração energética se mostra mais agradável a
esses seres, atraindo-os, desprendendo-se assim de pessoas e ambientes.
Durante a queima de
ervas é liberado o prana das mesmas, que são movimentados e direcionados pela
intenção dos condutores do ritual, bem como pode ter ajuda dos mantras para o
seu direcionamento, podendo também ser músicas especificas com vibrações que
movimentam esse prana junto à energia etérea, produzindo assim a magia da
defumação.
Nesse ponto, cabe-nos buscar
os ensinamentos herméticos, em Caibalion de Hermes, onde temos os princípios do
hermetismo. Entretanto, aqui nos interessa a lei da vibração:
“Nada está
parado, tudo se move, tudo vibra.”
Todas as coisas se movem e
vibram numa sintonia. Todo movimento é vibratório no universo e tudo se
manifesta por esse princípio. Nada está em repouso. Tal postulado elucida que
as altercações entre as diferentes manifestações de Energia, Matéria, Espírito
e Mente procedem das ordens variáveis de Vibração. Ainda acrescentamos, que a
vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que
praticamente ele está parado, como uma roda que se move muito rapidamente
parece estar parada.
Assim, sabendo que somos
seres vibratórios, obviamente iremos concluir que distintos fatores implicam
nessa sintonia. Entretanto, no mundo físico, dos encarnados, o mundo onde
necessitamos das formas, os perfumes, tais como as essências queimadas,
harmonizam e estabilizam as vibrações do indivíduo encarnado, predispondo-o a sintonia
cada vez mais elevada, especialmente pela renovação do corpo mental, que principia
a originar novo conjunto de pensamentos, isto é, mais puros e elevados, fazendo
com que o Ser Espiritual se harmonize com os planos elevados afins no campo
astral.
Portanto, podemos
inferir que a defumação é um processo magístico, tendo muito mais aspectos a
serem explorados para além do exposto neste singelo texto.
Parabéns Thiago, excelente texto.
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