domingo, 11 de novembro de 2018

REFLEXÕES SOBRE A DEFUMAÇÃO


Basicamente, a defumação consiste na queima de ervas ou resinas no carvão dentro de um turíbulo, com uma finalidade ritualística, mística e religiosa. Entretanto, são raros os momentos em que paramos para refletir sobre os fundamentos presentes num ato de defumação.

Inicialmente, cabe-nos destacar que a utilização da fumaça em rituais religiosos, está presente em diversos segmentos religiosos, sendo um ato mágico que atua nos campos físico, mental e espiritual.

Em primeiro lugar, precisamos apontar a necessidade do elemento fogo para ativação do presente ritual, ou seja, faz-se necessário o fogo para acender o carvão. Em seguida, temos a necessidade das ervas ou resinas que serão utilizadas.

Embora muitas vezes a defumação esteja ligada ao elemento Ar, ela na verdade contém a representação dos 4 elementos, considerando os elementos que compõem todo o processo. O fogo está presente no carvão, a água e a terra estão presentes nas ervas e o ar na fumaça produzida.

Considerando as características de cada elemento:

Fogo= radiante

Água= fluência

Ar= expansão

Terra= coesão



Por outro lado, há diversas discussões em torno do tipo de material que deve ser utilizado para confecção de um turíbulo. Ao nosso ver, o correto é ser feito de barro, pois ele contém os 4 elementos em si, afinal ele precisou da terra, do fogo, da água e do ar para tomar a forma.

Já em relação ao metal, temos como primordial a sua característica de ser um elemento condutor. Assim, por exemplo, numa defumação de descarrego, a fumaça que sai das ervas ajudam a atrair os miasmas e larvas astrais para origem da fumaça, ficando assim atraídos pelo metal, sendo conduzidos ao barro e queimados. O que acontece aqui, para aprofundarmos mais, tem a ver com a lei vibratória das energias no universo. Durante a defumação, a vibração energética se mostra mais agradável a esses seres, atraindo-os, desprendendo-se assim de pessoas e ambientes.

Durante a queima de ervas é liberado o prana das mesmas, que são movimentados e direcionados pela intenção dos condutores do ritual, bem como pode ter ajuda dos mantras para o seu direcionamento, podendo também ser músicas especificas com vibrações que movimentam esse prana junto à energia etérea, produzindo assim a magia da defumação.

Nesse ponto, cabe-nos buscar os ensinamentos herméticos, em Caibalion de Hermes, onde temos os princípios do hermetismo. Entretanto, aqui nos interessa a lei da vibração:



“Nada está parado, tudo se move, tudo vibra.”



Todas as coisas se movem e vibram numa sintonia. Todo movimento é vibratório no universo e tudo se manifesta por esse princípio. Nada está em repouso. Tal postulado elucida que as altercações entre as diferentes manifestações de Energia, Matéria, Espírito e Mente procedem das ordens variáveis de Vibração. Ainda acrescentamos, que a vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que praticamente ele está parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada.

Assim, sabendo que somos seres vibratórios, obviamente iremos concluir que distintos fatores implicam nessa sintonia. Entretanto, no mundo físico, dos encarnados, o mundo onde necessitamos das formas, os perfumes, tais como as essências queimadas, harmonizam e estabilizam as vibrações do indivíduo encarnado, predispondo-o a sintonia cada vez mais elevada, especialmente pela renovação do corpo mental, que principia a originar novo conjunto de pensamentos, isto é, mais puros e elevados, fazendo com que o Ser Espiritual se harmonize com os planos elevados afins no campo astral.

Portanto, podemos inferir que a defumação é um processo magístico, tendo muito mais aspectos a serem explorados para além do exposto neste singelo texto.


domingo, 1 de abril de 2018

INTRODUÇÃO AS TRÊS JOIAS DO BUDISMO


Numa pesquisa rápida pela internet, podemos encontrar na Wikipedia, a seguinte colocação sobre o Budismo: “O Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Siddhartha Gautama, ou Sakyamuni (o sábio do clã dos Sakya), o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C. em um reino, onde era príncipe, entre o Nepal e a Índia. “(...) Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e purificar a própria mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o entendimento da realidade última - o Nirvana(...)”

Diante do exposto, podemos inferir que o budismo tem como um dos seus eixos norteadores a disciplina da mente, processo pelo qual o adepto é chamado ao despertar da espiritualidade e da compreensão da vida. Nesse caminho, o praticante busca o chamado “refúgio em Buda” que consiste em três orientações para uma filosofia de vida, objetivando livrar o praticante do sofrimento. O denominado refúgio em Buda é expresso pelo Triratna, que é um termo sânscrito, que significa as Três Jóias, sendo elas: o Budha, o Dharma e Sangha.

O Budha faz alusão ao ser iluminado, ou seja, aquele que adquiriu a totalidade da consciência e conhecimento da vida e do caminho que liberta o homem do sofrimento. Já o Dharma, está  associado à doutrina da Lei Suprema e Divina, e tomar refugio em Dharma é assumir o compromisso de aprender diariamente e constantemente, ou seja, ser um Eterno Aprendiz. Por fim, Sangha representa coletividade vivendo sobre a égide do Dharma.
Ao refletirmos sobre o refúgio nas três joias do budismo, certamente, adentramos o aspecto da religiosidade na prática e filosofia budista, visitando na presente reflexão o aspecto mais sublime de qualquer religião, que se manifesta no objetivo da religação com aquilo que transcende o mundo material, manifestando-se no aspecto divino.

Neste ponto, cabe-nos recordar que dentro do estudo das ciências ocultas, em muitas escolas esotéricas e filosóficas, verifica-se que as mesmas, em grande parte, estão estruturadas num conhecimento ternário. Assim, o conhecimento é entendimento a partir do princípio ternário, representando um arcano extremamente importante no percurso da vida iniciática, uma vez que protege um profundo e infinito segredo, onde estão guardadas as respostas para o mistério de todo o universo: a origem de todas as coisas e de todos os seres.