A famosa estrela de cinco
pontas, presente em diversas culturas e religiões, embora com várias
interpretações arcanas, no fundo todas emergem para a uma mesma concepção e
ensinamento ao ser humano. Ao nos aprofundarmos
na interpretação do presente símbolo,
encontraremos, na verdade, o verdadeiro caminho da iniciação.
Ao longo de sua história, a
humanidade buscou compreender as energias e forças ocultas que circundavam suas
vidas, assim entre seus medos e anseios frente ao desconhecido, foram-se
criando símbolos nas diversas culturas para sintetizar o conhecimento desses
mistérios. Nessa vereda simbólica, o pentagrama emerge como um dos principais símbolos,
sendo, atualmente, um dos mais difundidos, possuindo diferentes interpretações
e utilizações, mas que numa análise profunda podemos identificar uma escala de
coerência na compreensão nas diversas culturas.
Assim, podemos começar nossa reflexão pela geometria sagrada:
“Os
princípios norteadores da geometria sagrada transcendem as considerações
religiosas sectárias. Como uma tecnologia que tem o objetivo de reintegrar a
humanidade no todo cósmico, ela funcionará, como a eletricidade, para todas as
pessoas que observarem os critérios, não importa quais sejam os seus princípios
ou propósitos. A aplicação universal dos princípios idênticos da geometria
sagrada em lugares separados no tempo, no espaço e por crenças às diferentes
atesta a sua natureza transcendental.”(Nigel Pennick)
Nessa perspectiva, o
pentagrama tem sua geometria explorada a partir da concepção de equilíbrio e
perfeição. Dessa
forma, encontraremos que o pentagrama está associado ao número 5 (Yorimá), o
qual está associado aos elementos dinâmicos, ou seja, aquilo tem movimento e
força. O número 5 é um símbolo
sintético, constituindo-se na síntese da movimentação mágica, edificando a
concepção do homem dominando os elementos. Cabe-nos aqui ainda acrescentar que,
de acordo com Eliphas Levi,o pentagrama representa exprime a dominação do
espírito sobre os elementos, mostrando como o ser humano os ordena. Ainda,
acrescentamos que algumas escolas iniciáticas, tem no número cinco a
representatividade do princípio do centro, não só geográfico, mas energético e
espiritual. É ele que permite equilibrar
e regular o jogo constante do yin e do yang em suas diferentes
manifestações e assegurar a unidade do fluxo perpétuo das coisas. O cinco
representa a adição dos dois, de essência feminina, ao três, de essência
masculina. Simboliza, portanto, a totalidade
do universo .
Após tais explanações, podemos
começar a pensar na relação iniciação versus pentagrama, a qual guarda íntima
relação. Primeiramente, devemos compreender que o caminho iniciático tem para
além de outros objetivos, levar o ser humano ao equilíbrio e integração com as
forças universais, promovendo a perfeição da sua existência, do ponto de vista
da relação macro e microcosmo.
Na sua caminhada iniciática, o
adepto deve conhecer e aprender a manipular os quatros elementos. Numa
correlação com o pentagrama, podemos também identificar que cada uma de suas
pontas representam um elemento, tendo a quinta ponta, geralmente a superior,
representando o éter universal. Logo, o objetivo do iniciado seria atingir o
éter, conectar-se com o mesmo.
O iniciado, em sua
trajetória, embora tenha um mestre, descobrirá que o caminho da iniciação é
solitário, sendo seu mestre apenas o facilitador nesse processo, portanto a
iniciação está sujeita a verdadeira vontade do candidato. Para tanto, o mesmo
deverá despertar para a realidade dos quatro elementos que a tudo compõe a
nossa vida, onde irá compreender em cada elemento suas lições e influências que,
certamente, contribuirão para busca de seu equilíbrio e conexão com a energia
superior cósmica, a grande fraternidade branca.
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