segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
O mar: analogias, simbologia e a iniciação
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
As bruxas, o esbat e a Lua: uma verdade absoluta em qualquer dogma religioso
Nas noites de lua cheia, crescente e minguante, vemos as verdadeiras bruxas a celebrar nos seus altares, nas florestas, enfim diversos lugares. Mas afinal o que é um Esbat? Basicamente, poderíamos defini-lo como uma celebração, coletiva ou individual, que tem por objetivo a comemorar e, sobretudo, conectar-se as energias lunares.
É fato que as fases da Lua influenciam diretamente alguns aspectos físicos da nossa existência, como por exemplo as marés. Sendo assim, os conhecedores dessas energias buscam essa ligação para completar a fluência energética em seus corpos e ao redor.
Resumidamente, os Esbats tem por intuito a conexão com os ciclos da Deusa, em seus três aspectos: Donzela, Mãe e Anciã (Crescente, cheia e Minguante).
A simbologia da Lua está presente nas mais diversas culturas e religiões, e sempre carregada de significados muito ricos e temas coerentes entre si.
Muitas vezes, temos a representação da Lua ligado aos mistérios femininos, assim como o Sol aos mistérios masculinos, sempre envoltos numa ótica interpretativa de Pai e Mãe.
Assim engana-se quem pensa que tal influencia energética encontra-se apenas na bruxaria, pois saiba que os calendários religiosos tem por base os ciclos lunares.
cristãos, árabes e judaicos não são os únicos calendários que têm por base os ciclos lunares.
No Budismo, por exemplo, a Lua e suas fases estiveram ligadas a.muitos aspectos dá vida de Buda. Na Umbanda, ela está relacionada a mãe Yemanjá assim como regula o processo de plantio e colheita de ervas, entre outros aspectos. Até mesmo no catolicismo, a lua aparece em seus diversos simbolismo na história de Jesus Cristo.
Por fim, precisamos também refletir sobre essa dualidade luz e escuridão, a partir das relação Lua e Sol, pois ambos são complementares, e numa visão ampla da questão, entenderemos que há um casamento alquímico nessa relação, que muitas vezes fica de difícil compreensão a nós que somos acostumados com os pensamentos lógicos e racionais. Precisamos entender que essa duplicidade de concepções se entrecruzam, formando o equilíbrio necessário a vida, tanto no aspecto astral/energético assim como no sentido físico de nossa existência humana. Eis aqui o equilíbrio necessário a vida!
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Yin/Yang: a dualidade no caminho iniciático
Dentro do Taoismo, temos dois conceitos chaves denominados de Yin Yang, os quais expressam a dualidade de tudo que existe no universo. Dessa forma, podemos inferir que eles constituem as duas forças primordialmente complementares e opostas que dão o se tido daquilo que podemos denominar de Unidade. Basicamente, o yin é o princípio feminino, e o yang é o princípio masculino. Neste ponto to, podemos evocar a simbologia do Sol e da Lua, assim como a necessidade da relação luz e escuridão.
Nesse enredo de reflexão, poderemos inferir que teremos como a maior de sua representatividade a dualidade, a lei dos contrastes que são inerentes a nossa própria existência, o bem e o mal que estarão presentes na caminhada do aprendiz tanto em sua vida iniciática como na profana. Além disso, a presente alegoria, em sua totalidade, nos leva também de forma paradoxal, encontrar a ideia de um delicado equilíbrio onde estão sustentadas as energias positivas e as negativas, as mesmas que conduzem a uma coesão das forças que regem o Universo.
Nesse ponto, evocamos o Caibalion, livro básico do hermetismo, onde encontraremos o principio da polaridade, que de certa forma está ligado ao simbolismo Yin e Yang. De acordo com o respectivo principio, "tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto;o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados."
Assim, entendemos que o dualismo dos opostos nos governa em tudo, e experiência disso é prescrito para nós, até que, tendo aprendido a lição e superado, estamos prontos para o avanço a uma condição onde nós superamos o sentido dessa existência e os opostos deixam de ser vistos como opostos, mas são realizados como uma unidade ou síntese. Para encontrar aquela unidade ou síntese é conhecer a paz que passa, ou seja, a compreensão que ultrapassa a nossa experiência presente, porque nela as trevas e a luz são iguais, e os nossos atuais conceitos de bem e mal, alegria e dor, são transcendidas e encontrou sublimada em uma condição que combina os dois. E esta condição sublime é representado pela fronteira recuada contornando o preto e branco, mesmo que a Presença e Providência Divina envolve e abraça os nossos organismos temporais em que os opostos são inerentes.
Assim, a iniciação para além do conhecimento e prática, deve proporcionar ao iniciado transcender a visão fragmentada, provocando a visão integral do conhecimento dentro de seus aspectos temporariamente duais enquanto aprendizes, levando-nos a compreender a dualidade que forma a unidade
Logo, conhecer as alegorias fundamentais das diversas culturas e religiões, é compreender o funcionamento do universo e obter ferramentas para edificação do nosso templo interior e.plena realização das iniciação nos mistérios.
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Reflexões sobre a imagem de Exu
Às vezes fico a pensar nas imagens de Exu, nossos guardiões, que encontramos nos mais variados terreiros e lojas. Nesses pensamentos, entro numa análise da deturpação que muitos fazem de suas formas, comparando-os com seres horripilantes, que nada mais fazem do que reforçar a ideia profana de que os mesmos estariam ligados as coisas do mal, sendo seres horripilantes.
Importante refletirmos sobre quão bela e árdua é sua tarefa, e o quanto estão elevados espiritualmente quando comparados a nós. Diante disso, não vejo sentido continuarmos a reforçar essa concepção horripilante de sua aparência, pois sabemos que os verdadeiros guardiões são seres que trabalham para a execução da lei divina.
Nesse ponto, cabe-nos relembrar o exposto por pai Matta e Silva, em sua obra “Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um preto-velho”, onde ele afirma que: “A Quimbanda é uma questão fina, difícil de explicar para os entendimentos comuns. Porque, fácil é dizer muitas coisas e atribuí-las aos Exus e com isso criar um conceito enganador que ilude e faz com que os fracos de espírito, ignorantes e mesmo os ingênuos as sigam” Com a atual evolução do pensamento humano, é assim anunciada a hora da desmistificação e superação de tabus e crendices, que outrora assustavam aos desavisados ou profanos à cerca da entidade conhecida, de forma popular, como Exu.
Precisamos nos livrar de concepções católicas criadas sobre o que seriam criaturas do mal, pois devemos buscar o conhecimento e superar tais crendices e visões carregadas de dogmas de outras culturas, que no fundo não conseguem compreender a amplitude desses soldados do astral.
Como apontado por mestre Obashanan, em seu artigo " A gira cósmica": Exu vem, para romper a dura casca do ovo formado por nossas ilusões. Frente a uma nova realidade, é Exu quem nos mostra o caminho a ser seguido, iluminando as trevas de nosso eu conturbado. Misteriosas, estas entidades deixam-nos “hipnotizadas” com sua sagacidade.
Assim, irmãos meditemos até que ponto nossos pensamentos sobre esses maravilhosos seres podem estar influenciados por concepções errôneas. Façamos uma análise sobre o verdadeiro arcano que representa os guardiões e encontraremos sua bela face, que certamente nem se aproxima desses entendimentos maldosos.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Reflexão sobre a relação pentagrama e iniciação
domingo, 1 de janeiro de 2017
Ano novo: uma egrégora poderosa
Alguns praticantes de ciências ocultas, costumam considerar o ano novo, apenas como uma festa, e afirmando que a mesma não possui um valor mágico.
Nesse sentido, devemos fazer uma pequena reflexão. Embora o ano novo, como conhecemos, seja um registro civil de contagem do tempo, não estando em alguns aspectos ligado às passagens cíclicas do astral, devemos admitir que sua simbologia ativada pelo rito que praticamos anualmente, nesta época, adquire status místico, reforçando o abrir e fechar ciclos em nossas vidas.
Nessa época, todos os povos e religiões buscam o sentido da renovação, todos num só pensamento, que certamente acaba por provocar um movimento energético muito grande, com concretizando essa intenção humana.
Assim, poderíamos dizer, de forma geral, que o ano novo é uma egrégora de renovação, onde energias são movimentadas pela coletividade, consciente ou inconscientemente.
Logo, podemos inferir que o ano novo tem sim seu valor místico dentro do astral, sendo um ato mágico de grandioso, quando começamos analisa-lo pela perspectiva da egrégora.