Iniciamos nossas
reflexões apontando que as assertivas e analogias aqui apresentadas não possuem
a pretensão de serem verdades eternas e imutáveis, mas sim uma contribuição
para o entendimento de algo maior e divino. Não nos esqueçamos, que enquanto
umbandistas, somos universalistas, não no sentido de fazer uma grande mistura,
mas no sentido de entender e compreender essa mistura, de forma consciente,
visando vislumbrar a convergência das diferentes escolas e ensinamentos para a
descoberta das verdades divinas.
Segundo
Leadbeater, em seu livro “Os Chakras: os centros magnéticos vitais do ser
humano”, “quando um homem começa a aguçar
os sentidos, que então lhe permitem perceber algo mais do que os outros
percebem, desdobra-se diante dele um mundo novo e fascinante. Os chakras são as
primeiras coisas desse novo mundo que lhe chamam a atenção. As pessoas se lhe
apresentam sob um novo aspecto, nelas descobrindo muita coisa que antes
permanecia oculta à sua vista; e portanto, é capaz de compreender, apreciar e,
nos casos necessários, auxiliar o próximo muito melhor do que lhe era possível
antes”.
Há mediunidade esteve presente ao
longo do percurso da humanidade, ainda que sobre outras roupagens ou
entendimentos. Segundo Edgard Armond, em
seu livro “ Mediunidade”, a faculdade
mediúnica, tanto a natural como a de prova, não é fenômeno de nossos dias,
destes dias nos quais o Espiritismo encontrou seu clímax mas, sempre existiu,
desde quando existe o homem. Ainda de
acordo com Armond, foi muito por meio
dela que os Espíritos diretores puderam interferir na evolução do mundo
orientando-o, guiando-o, protegendo-o.
Encontraremos
na literatura ocultista que na pura Raça Vermelha, os seres encarnados tinham
os 7 sentidos naturais, de forma inerente
aos seus corpos físicos. Isso quer dizer que os sentidos de ordem astral eram intrínsecos
ao psicossoma dos Seres Espirituais. Isso explica grandes indagações
inquietantes de nossas mentes, do porque antigamente, em épocas remotas,
ensinamentos ditos ocultos ou lei ocultas eram mais desveladas do que na
atualidade. Entretanto, ainda em relação a essa época remota, esclarecemos que entre o corpo físico e o corpo astral não
havia nenhum delimitador vibratório ou dimensional, ou seja, os meios de
comunicação com o plano astral eram naturais. Não eram necessárias pontes, ou
seja, portas vibratórias que se abrem ou fecham. No entanto, com a evolução dos
costumes e os períodos reencarnatórios, essa ligação direta foi-se
deteriorando, sendo necessária a criação da tela atômica, a qual se constitui
num limitador ou regulador da manifestação da vida astral no mundo físico
denso. Assim, a mediunidade passa de
um status natural para uma classificação de condição especial ofertada ao Ser Espiritual que encarna com o
compromisso de ser o mediador entre as dimensões. Dessa forma, o corpo físico,
o mental e o astral recebem um acréscimo em seus centros vitais, que os fazem
vibrar e sentir as coisas diferentemente de outros Seres Espirituais não
médiuns. Esse processo acontece pelo comando central do corpo mental, que emite
impulsos em formato de mensagens, veiculadas pelas Linhas de Força (condutores
vibratórios) ao corpo astral e esse, por meio dos Núcleos Vibratórios principais,
vibrava em consonância com os Núcleos Vibratórios de ordem etérica, que no
corpo físico denso equivalem aos plexos nervosos (conjunto de nervos) ou
glândulas endócrinas (que produzem ou armazenam hormônios, os quais são
indispensáveis ao funcionamento de todo o organismo).
Nesse
instante, começamos a descobrir então as ligações entre o corpo físico e o
astral, onde nos cabe buscar uma possível definição para essas linhas de forças
e os centros propulsores da energia. Assim, chegamos aos chakras, que por
definição Hindu, seriam rodas de forças. Poderíamos também dizer que o chakra é
a designação sânscrita abonada aos centros de força viventes nos corpos
“espirituais”, sendo, além disso, titulados de lótus.
Segundo
Michel Coquet explana em seu livro “ A anatomia vital do ser humano”, pode-se
conceituar o chakra como o ponto onde os nadis se encontram como os raios no
cubo de uma roda de carruagem. Os
centros são formados pelo encontro destas linhas de força (nadis), do mesmo
modo que os plexos, no corpo físico, são formados pelo encontro de nervos.
Existem centros maiores, aqueles que resultam do encontro de um número maior de
nadis (vinte e uma vezes, segundo Coquet) e os centros menores em que a
confluência dos nadis é menor. Entre estes últimos existem vinte e um formados pelo
encontro de quatorze nadis e outros bem
menores constituídos pela intercepção de sete nadis. São, os nadis, assim sendo, linhas de força
que não devem ser confundidas com os nervos do corpo físico, embora estejam em
relação a eles como os chakras com os plexos e órgãos do corpo físico. São
condutores de energia.
Os
chakras estão situados no duplo etérico e as forças que se difundem por meio
dos chakras são essenciais à vida do duplo etérico. Por isso, todos os
indivíduos possuem estes centros de força, embora o grau de seu desenvolvimento
varie muito em cada indivíduo. Sem os chacras, o Espírito não poderia exercer o
seu controle e sua atividade sobre o corpo físico, nem tomar conhecimento das
sensações vividas pelo mesmo, pois eles transferem à região anatômica
correspondente, cada decisão assumida pelo Espírito no seu mundo oculto. Nesse
entrecho, de acordo com Leadbeater, cabe-nos destacar que nas conversações
comuns e superficiais, o ser humano afeiçoa discorrer sobre sua alma como se o
corpo, por mediação do qual ele fala, fosse o verdadeiro ser, e que a alma, uma
propriedade ou feudo do corpo, algo semelhante a um globo cativo a flutuar
sobre o corpo, a ele ligado de certo modo. Esta asseveração é inexata, ausente
de embasamentos e errônea, pois a inversa é que é verdadeira. O indivíduo é uma
alma que tem um corpo, ou em realidade vários corpos, outros corpos invisíveis
à visão ordinária, com os quais se relaciona com os mundos emocional e mental.
Assim,
no caminhar de nossas leituras, deparamos com as colocações de Nadya Prado,
onde assertivamente postula: “ A mediunidade, como um sexto sentido,
conecta-nos as dimensões sutis e essa interação entre o mundo físico e
espiritual se faz através dos chacras. A autora ainda coloca que os chakras são
pontos de conexão entre os diversos corpos do ser multidimensional. Eles
captam, assimilam e emitem ondas de energia. Dessa forma, com as ligações
multidimensionais do corpo efetivadas pelas linhas de força, as ondulações,
emoções e energias são transmitidas do astral para o físico. Logo, podemos
inferir que as emanações fluídicas dos planos sutis nos abiscoitam a percepção por
meio desses centros energéticos, que se enlaçam aos feixes de nervos do corpo
físico cognominados plexos e atuam sobre o sistema endócrino.
Assim,
seguindo o raciocínio de Leadbeater, a abertura das portas para o mundo astral
tem sua chave mestra no desenvolvimento dessa linhas e centros de forças. O
autor coloca ainda que “conquanto a natureza tome esquisitas precauções para
resguardar os chakras, não é seu propósito que permaneçam sempre rigidamente
fechados. Há um processo normal de abri-los. Talvez fosse mais próprio dizer
que a natureza não se propõe abrir os chakras mais do que o estão, senão que o
homem deve aperfeiçoar-se de modo que lhes aumente até a plenitude a sua
atividade. A consciência do homem comum não é ainda capaz de utilizar a matéria
atômica do corpo físico nem a do astral, e portanto, em circunstâncias normais
não pode estabelecer comunicação voluntária entre os dois planos. O único meio
de consegui-lo é purificar ambos os veículos até que se lhes vitalize a matéria
atômica, de modo que todas as comunicações entre um e outro sigam seu caminho
obrigatório. Em tal caso, a tela etérica se mantém no maior grau de posição e
atividade, e em conseqüência já não representa um obstáculo para a
intercomunicação, e contudo impede o contato entre os subplanos inferiores, que
daria passagem a todo o gênero de sinistras influências”
Podemos
inferir, após algumas reflexões, que os chakras seriam os nossos sentidos
astrais, assim como temos os físicos: tato, paladar, entre outros. Então, as
rodas energéticas teriam essa função também, para além de outras que sustentam
a existência do corpo físico e que não abordaremos no presente texto, pois
extrapolaríamos os objetivos propostos. Nessa mesma linha pensamento,
Leadbeater também se expressou dizendo que
“de certo modo e até certo ponto, os chakras astrais podem ser considerados como os sentidos do corpo astral. Mas convém definir este conceito para evitar erros, porque não se deve esquecer que, embora para melhor compreensão falemos da visão e audição astrais, estas expressões significam a faculdade de responder às vibrações transferíveis à consciência do ego, quando atua no corpo astral, da mesma forma pela qual transfere para sua consciência as percepções visuais e auditivas, recebidas pelos olhos e ouvidos do corpo físico. Mas na atuação astral não se necessita de órgãos especializados para conseguir tal resultado, pois em todo o corpo astral há matéria capaz de responder às vibrações procedentes do exterior”. Aqui ainda cumpre-nos elucidar que a rigor não podemos ponderar os chakras astrais como órgãos sensórios, assim como temos orelhas, olhos, pois não é por eles que o homem astral vê ou ouve, tal qual o homem físico, No entanto, a percepção astral está sujeita ao despertar dos chakras astrais, porquanto cada um, ao despertar para a plena atividade, dá ao corpo astral a virtude de responder a uma nova ordem de vibrações.
“de certo modo e até certo ponto, os chakras astrais podem ser considerados como os sentidos do corpo astral. Mas convém definir este conceito para evitar erros, porque não se deve esquecer que, embora para melhor compreensão falemos da visão e audição astrais, estas expressões significam a faculdade de responder às vibrações transferíveis à consciência do ego, quando atua no corpo astral, da mesma forma pela qual transfere para sua consciência as percepções visuais e auditivas, recebidas pelos olhos e ouvidos do corpo físico. Mas na atuação astral não se necessita de órgãos especializados para conseguir tal resultado, pois em todo o corpo astral há matéria capaz de responder às vibrações procedentes do exterior”. Aqui ainda cumpre-nos elucidar que a rigor não podemos ponderar os chakras astrais como órgãos sensórios, assim como temos orelhas, olhos, pois não é por eles que o homem astral vê ou ouve, tal qual o homem físico, No entanto, a percepção astral está sujeita ao despertar dos chakras astrais, porquanto cada um, ao despertar para a plena atividade, dá ao corpo astral a virtude de responder a uma nova ordem de vibrações.