domingo, 5 de maio de 2019

REFLEXÕES SOBRE AS FLORES



“Se pudéssemos ver o milagre duma simples flor, toda a nossa vida mudaria.” ( Buda)
Em nosso cotidiano atribulado, poucas vezes paramos para apreciar a beleza da natureza e, em especial, das flores. Elas estão presentes em nossos lares, nas ruas, nos escritórios, bem como nos templos sagrados.
Lembrando as palavras de Samael Aun Weor: “Devemos aprender a pensar como um filósofo e sentir como um artista”, pois reunindo em perfeita amálgama crucial o elevado pensamento do filósofo com a sensibilidade divina do artista, surge o encantamento mágico da alma do verdadeiro Super-Homem”. Diante do exposto, recordemos um pouco quanto grandes poetas, pintores, enfim artistas retrataram em suas obras as belezas das flores, despertando em nós por meio da recepção estética das obras boas vibrações, admirações, sentimentos positivos.
Nesse ponto, cabe-nos buscar os ensinamentos herméticos, em Caibalion de Hermes, onde temos os princípios do hermetismo. Entretanto, aqui nos interessa a lei da vibração:

“Nada está parado, tudo se move, tudo vibra.”

“Todas as coisas se movem e vibram numa sintonia. Todo movimento é vibratório no universo e tudo se manifesta por esse princípio. Nada está em repouso. Tal postulado elucida que as altercações entre as diferentes manifestações de Energia, Matéria, Espírito e Mente procedem das ordens variáveis de Vibração. Ainda acrescentamos, que a vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que praticamente ele está parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada.”

Assim, sabendo que somos seres vibratórios, obviamente iremos concluir que distintos fatores implicam nessa sintonia. Entretanto, no mundo físico, dos encarnados, o mundo onde necessitamos das formas, a beleza e os perfumes das flores interagem com as nossas vibrações, enquanto seres encarnados, predispondo-nos a uma sintonia cada vez mais elevada. Logo, ao apreciar a beleza de uma flor, mesmo que inconscientemente, vibrações são alteradas no campo astral.
Por outro lado, ainda cabe-nos observar que, abundantemente, encontraremos nas flores o Prana, bem como outras substâncias que vibram energicamente no plano astral que refletem no plano denso.  Neste ponto, acrescentam-se também as vibrações planetárias recebidas, cujas quais trazem contribuição também ao plano denso, ou seja, ao mundo material.
Portanto, a simples  presença das flores nos coloca em contato com planos mais sutis e energias astrais benéficas, elevando a vibração de forma consciente e inconsciente.

Itaporan

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domingo, 11 de novembro de 2018

REFLEXÕES SOBRE A DEFUMAÇÃO


Basicamente, a defumação consiste na queima de ervas ou resinas no carvão dentro de um turíbulo, com uma finalidade ritualística, mística e religiosa. Entretanto, são raros os momentos em que paramos para refletir sobre os fundamentos presentes num ato de defumação.

Inicialmente, cabe-nos destacar que a utilização da fumaça em rituais religiosos, está presente em diversos segmentos religiosos, sendo um ato mágico que atua nos campos físico, mental e espiritual.

Em primeiro lugar, precisamos apontar a necessidade do elemento fogo para ativação do presente ritual, ou seja, faz-se necessário o fogo para acender o carvão. Em seguida, temos a necessidade das ervas ou resinas que serão utilizadas.

Embora muitas vezes a defumação esteja ligada ao elemento Ar, ela na verdade contém a representação dos 4 elementos, considerando os elementos que compõem todo o processo. O fogo está presente no carvão, a água e a terra estão presentes nas ervas e o ar na fumaça produzida.

Considerando as características de cada elemento:

Fogo= radiante

Água= fluência

Ar= expansão

Terra= coesão



Por outro lado, há diversas discussões em torno do tipo de material que deve ser utilizado para confecção de um turíbulo. Ao nosso ver, o correto é ser feito de barro, pois ele contém os 4 elementos em si, afinal ele precisou da terra, do fogo, da água e do ar para tomar a forma.

Já em relação ao metal, temos como primordial a sua característica de ser um elemento condutor. Assim, por exemplo, numa defumação de descarrego, a fumaça que sai das ervas ajudam a atrair os miasmas e larvas astrais para origem da fumaça, ficando assim atraídos pelo metal, sendo conduzidos ao barro e queimados. O que acontece aqui, para aprofundarmos mais, tem a ver com a lei vibratória das energias no universo. Durante a defumação, a vibração energética se mostra mais agradável a esses seres, atraindo-os, desprendendo-se assim de pessoas e ambientes.

Durante a queima de ervas é liberado o prana das mesmas, que são movimentados e direcionados pela intenção dos condutores do ritual, bem como pode ter ajuda dos mantras para o seu direcionamento, podendo também ser músicas especificas com vibrações que movimentam esse prana junto à energia etérea, produzindo assim a magia da defumação.

Nesse ponto, cabe-nos buscar os ensinamentos herméticos, em Caibalion de Hermes, onde temos os princípios do hermetismo. Entretanto, aqui nos interessa a lei da vibração:



“Nada está parado, tudo se move, tudo vibra.”



Todas as coisas se movem e vibram numa sintonia. Todo movimento é vibratório no universo e tudo se manifesta por esse princípio. Nada está em repouso. Tal postulado elucida que as altercações entre as diferentes manifestações de Energia, Matéria, Espírito e Mente procedem das ordens variáveis de Vibração. Ainda acrescentamos, que a vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão infinitas que praticamente ele está parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada.

Assim, sabendo que somos seres vibratórios, obviamente iremos concluir que distintos fatores implicam nessa sintonia. Entretanto, no mundo físico, dos encarnados, o mundo onde necessitamos das formas, os perfumes, tais como as essências queimadas, harmonizam e estabilizam as vibrações do indivíduo encarnado, predispondo-o a sintonia cada vez mais elevada, especialmente pela renovação do corpo mental, que principia a originar novo conjunto de pensamentos, isto é, mais puros e elevados, fazendo com que o Ser Espiritual se harmonize com os planos elevados afins no campo astral.

Portanto, podemos inferir que a defumação é um processo magístico, tendo muito mais aspectos a serem explorados para além do exposto neste singelo texto.


domingo, 1 de abril de 2018

INTRODUÇÃO AS TRÊS JOIAS DO BUDISMO


Numa pesquisa rápida pela internet, podemos encontrar na Wikipedia, a seguinte colocação sobre o Budismo: “O Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Siddhartha Gautama, ou Sakyamuni (o sábio do clã dos Sakya), o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C. em um reino, onde era príncipe, entre o Nepal e a Índia. “(...) Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e purificar a própria mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o entendimento da realidade última - o Nirvana(...)”

Diante do exposto, podemos inferir que o budismo tem como um dos seus eixos norteadores a disciplina da mente, processo pelo qual o adepto é chamado ao despertar da espiritualidade e da compreensão da vida. Nesse caminho, o praticante busca o chamado “refúgio em Buda” que consiste em três orientações para uma filosofia de vida, objetivando livrar o praticante do sofrimento. O denominado refúgio em Buda é expresso pelo Triratna, que é um termo sânscrito, que significa as Três Jóias, sendo elas: o Budha, o Dharma e Sangha.

O Budha faz alusão ao ser iluminado, ou seja, aquele que adquiriu a totalidade da consciência e conhecimento da vida e do caminho que liberta o homem do sofrimento. Já o Dharma, está  associado à doutrina da Lei Suprema e Divina, e tomar refugio em Dharma é assumir o compromisso de aprender diariamente e constantemente, ou seja, ser um Eterno Aprendiz. Por fim, Sangha representa coletividade vivendo sobre a égide do Dharma.
Ao refletirmos sobre o refúgio nas três joias do budismo, certamente, adentramos o aspecto da religiosidade na prática e filosofia budista, visitando na presente reflexão o aspecto mais sublime de qualquer religião, que se manifesta no objetivo da religação com aquilo que transcende o mundo material, manifestando-se no aspecto divino.

Neste ponto, cabe-nos recordar que dentro do estudo das ciências ocultas, em muitas escolas esotéricas e filosóficas, verifica-se que as mesmas, em grande parte, estão estruturadas num conhecimento ternário. Assim, o conhecimento é entendimento a partir do princípio ternário, representando um arcano extremamente importante no percurso da vida iniciática, uma vez que protege um profundo e infinito segredo, onde estão guardadas as respostas para o mistério de todo o universo: a origem de todas as coisas e de todos os seres.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O mar: analogias, simbologia e a iniciação

Hoje, refletiremos um pouco sobre um sítio sagrado específico, muito conhecido por nós, que é o mar. Inicialmente, podemos apontar que a reflexão e o encantamento com tal local permeia o conhecimento humano dentro dss suas diversificadas áreas, da Arte a Religião, tendo também importante significação histórica para diversas civilizações.
Um primeiro aspecto a ser considerado, do ponto de vista religioso, é questão do mar está ligado ao principio feminino dentro das mais variadas religiões. Nesse entrecho, podemos apontar nossa análise a partir do ponto de vista conceitual, onde encontraremos em diversas tradições místicas assinalando o mesmo  para as divindades ligadas ao arquétipo da mãe, a divina mãe, sendo o princípio que atua na natureza, o Eterno Feminino, ou seja, a grande mãe. Nesse entrecho, cabe ainda nos destacar que seu planeta regente é a Lua, e que sabemos que Lua e Mar possuem uma ligação muito forte, bastando apenas fazermos uma pesquisa na influência das marés. Às vezes, penso que a divindade deixa se mostrar nas pequenas coisas, mas infelizmente continuamos a ter mentes profanas, agnósticas e muitas vezes com olhar ateu que preferem não aceitar tais revelações divinas, buscando uma explicação cientifica, que de tanto aprofundar nessa pesquisa chega-se o momento em que trava, e aí começa o grande mistério da ligação entre religião e ciência.
Do ponto de vista cientifico, podemos inferir que no mar poderemos achar uma ampla, rica e diversificada flora e fauna, além de uma grande família mineralógica, que empresta ao mesmo sua composição salina, similar ao plasma sanguíneo humano. Pode-se,  simplesmente por esse aspecto,  concebermos  sua utilidade na manutenção da vitalidade do indivíduo.
Também, ainda dentro de uma visão cientifica, mas aproximando o presente raciocínio com o pensamento místico, sabemos que o mesmo é quem regula vida no planeta Terra, ocupando uma significativa camada do globo terrestre, sendo responsável também na formação do oxigênio produzido pelo fitoplancton, contribuindo para formação das nuvens, que depois são transformadas em água doce para nosso consumo. Enfim, poderíamos apontar diversos fatores para embasar nossa afirmação de que o mar é um importante regulador da manutenção da vida na Terra.Assim, podemos avançar dizendo que o mar é vida, o que vai nos aproximar de pensamentos religiosos e místicos da ligação sua com a figura materna.
Por um olhar do Hermetismo, ao analisarmos o mar, encontraremos uma ligação muita estreita com o “Principio de Ritmo”, segundo o texto original: "Tudo tem fluxo e refluxo; tudo ,em suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; oritmo é a compensação."  (O CAIBALION).





Este Princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré -alta e uma maré baixa, entre os dois pólos, que existem, conforme o Princípio de Polaridade de que tratamos há pouco. Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria. (Caibalion)

Por meio de seus movimentos, com a maré, o mar representa em si os vários ciclos e ritmo do cosmo, possuindo na sua propriedade hídrica a fluência e a vitalização. Enfim, tudo é oscilação no seu exercitar-se, no seu ininterrupto ir e vim, representando a própria pulsação da vida em nossos corpos, numa analogia do funcionamento do coração.  
Por outro lado, podemos analisar o mar pela perspectiva histórica e humana, onde encontraremos sua representatividade como o caminho para novas descobertas, assim ele também adquire a simbologia dos caminhos das nossas vidas, nas alternâncias de rotas e destinos tomados racionalmente ou irracionalmente pelo ser humano. Embora seja um substantivo masculino, em diversas tradições como apontado anteriormente, ele sempre estará associado ao feminino. Nesse instante, cabe-nos levar nossa reflexão para sua essência que é o elemento água, com sua característica feminina, que numa visão esotérica está ligado a essência feminina, a emoção, aos sentimentos, ao inconsciente. Nessa perspectiva, podemos ainda buscar sua representatividade na vida iniciática, onde o iniciado precisa conhecer os quatros elementos e vivenciar suas ordálias e experiências. Geralmente, vemos sistemas iniciáticos iniciando seus trabalhos por aquilo que é mais denso que é a Terra, seguindo para o Ar, depois para a Água e finalizando com Fogo, mostrando a definitiva libertação do iniciado da vida profana. É fato que esta sequência iniciátioca muitas vezes não se apresentam de forma clara dentro dos sistemas das diversas escolas de mistérios, tomando muitas vezes outras formas e representações, mas que num estudo analítico e convergente, veremos que todos eles seguem essa ordem, basta exercitarmos nossa capacidade de analogia. Aqui, retomando o raciocínio do presente parágrafo, teremos novamente o mar, representado pelo elemento água, onde a água representará as emoções, a fluência e inconstâncias da vida, num movimento impreciso, porém certeiro, levando o candidato a iniciação a compreender os aspectos citados no seu caminho, entendo o ritmo da vida e os ciclos. Destacamos ainda que nessa jornada, sempre o mar é o referencial para tal vivência e reflexão, embora muitas vezes utilizados por diversas simbologias, as que todos convergem para a grande fonte água, o mar.

Logo, podemos apontar nossas reflexões para uma ideia sintetizada no principio da divina mãe, além de suas funções de regulador da vida, de revitalização e transformação. Acrescentamos ainda que poucos são os homens que conseguem compreender profundamente sua linguagem e seus mistérios.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

As bruxas, o esbat e a Lua: uma verdade absoluta em qualquer dogma religioso

Nas noites de lua cheia, crescente e minguante, vemos as verdadeiras bruxas a celebrar nos seus altares, nas florestas, enfim diversos lugares. Mas afinal o que é um Esbat? Basicamente, poderíamos defini-lo como uma celebração, coletiva ou individual, que tem por objetivo a comemorar e, sobretudo, conectar-se as energias lunares.
É fato que as fases da Lua influenciam diretamente alguns aspectos físicos da nossa existência, como por exemplo as marés. Sendo assim, os conhecedores dessas energias buscam essa ligação para completar a fluência energética em seus corpos e ao redor.
Resumidamente, os Esbats tem por intuito a conexão com os ciclos da Deusa, em seus três aspectos: Donzela, Mãe e Anciã (Crescente, cheia e Minguante).
A simbologia da Lua está presente nas mais diversas culturas e religiões, e sempre carregada de significados muito ricos e temas coerentes entre si.
Muitas vezes, temos a representação da Lua ligado aos mistérios femininos, assim como o Sol aos mistérios masculinos, sempre envoltos numa ótica interpretativa de Pai e Mãe.
Assim engana-se quem pensa que tal influencia energética encontra-se apenas na bruxaria, pois saiba que os calendários religiosos tem por base os ciclos lunares.
cristãos, árabes e judaicos não são os únicos calendários que têm por base os ciclos lunares. 
No Budismo, por exemplo, a Lua e suas fases estiveram ligadas a.muitos aspectos dá vida de Buda. Na Umbanda, ela está relacionada a mãe Yemanjá assim como regula o processo de plantio e colheita de ervas, entre outros aspectos. Até mesmo no catolicismo, a lua aparece em seus diversos simbolismo na história de Jesus Cristo.
Por fim, precisamos também refletir sobre essa dualidade luz e escuridão, a partir das relação Lua e Sol, pois ambos são complementares, e numa visão ampla da questão, entenderemos que há um casamento alquímico nessa relação, que muitas vezes fica de difícil compreensão a nós que somos acostumados com os pensamentos lógicos e racionais. Precisamos entender que essa duplicidade de concepções se entrecruzam, formando o equilíbrio necessário a vida, tanto no aspecto astral/energético assim como no sentido físico de nossa existência humana. Eis aqui o equilíbrio necessário a vida!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Yin/Yang: a dualidade no caminho iniciático

Dentro do Taoismo, temos dois conceitos chaves denominados de Yin Yang, os quais expressam a dualidade de tudo que existe no universo. Dessa forma, podemos inferir que eles constituem as duas forças primordialmente complementares e opostas que dão o se tido daquilo que podemos denominar de Unidade. Basicamente,   o yin é o princípio feminino, e o yang é o princípio masculino. Neste ponto to, podemos evocar a simbologia do Sol e da Lua, assim como a necessidade da relação luz e escuridão.
Nesse enredo de reflexão, poderemos inferir que teremos como a maior de sua representatividade a dualidade, a lei dos contrastes que são inerentes a nossa própria existência, o bem e o mal que estarão presentes na caminhada do aprendiz tanto em sua vida iniciática como na profana. Além disso, a presente alegoria, em sua totalidade, nos leva também de forma paradoxal, encontrar a ideia de um delicado equilíbrio onde estão sustentadas as energias positivas e as negativas, as mesmas que conduzem a uma coesão das forças que regem o Universo. 
Nesse ponto, evocamos o Caibalion, livro básico do hermetismo, onde encontraremos o principio da polaridade, que de certa forma está ligado ao simbolismo Yin e Yang. De acordo com o respectivo principio, "tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto;o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados."
Assim, entendemos que o dualismo dos opostos nos governa em tudo, e experiência disso é prescrito para nós, até que, tendo aprendido a lição e superado, estamos prontos para o avanço a uma condição onde nós superamos o sentido dessa existência e os opostos deixam de ser vistos como opostos, mas são realizados como uma unidade ou síntese. Para encontrar aquela unidade ou síntese é conhecer a paz que passa, ou seja, a compreensão que ultrapassa a nossa experiência presente, porque nela as trevas e a luz são iguais, e os nossos atuais conceitos de bem e mal, alegria e dor, são transcendidas e encontrou sublimada em uma condição que combina os dois. E esta condição sublime é representado pela fronteira recuada contornando o preto e branco, mesmo que a Presença e Providência Divina envolve e abraça os nossos organismos temporais em que os opostos são inerentes.
Assim, a iniciação para além do conhecimento e prática, deve proporcionar ao iniciado transcender a visão fragmentada, provocando a visão integral do conhecimento dentro de seus aspectos temporariamente duais enquanto aprendizes, levando-nos a compreender a dualidade que forma a unidade
Logo, conhecer as alegorias fundamentais das diversas culturas e religiões, é compreender o funcionamento do universo e obter ferramentas para edificação do nosso templo interior e.plena realização das iniciação nos mistérios.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Reflexões sobre a imagem de Exu

Às vezes fico a pensar nas imagens de Exu, nossos guardiões, que encontramos nos mais variados terreiros e lojas. Nesses pensamentos, entro numa análise da deturpação que muitos fazem de suas formas, comparando-os com seres horripilantes, que nada mais fazem do que reforçar a ideia profana de que os mesmos estariam ligados as coisas do mal, sendo seres horripilantes.
Importante refletirmos sobre quão bela e árdua é sua tarefa, e o quanto estão elevados espiritualmente quando comparados a nós. Diante disso, não vejo sentido continuarmos a reforçar essa concepção horripilante de sua aparência, pois sabemos que os verdadeiros guardiões são seres que trabalham para a execução da lei divina.
Nesse ponto, cabe-nos relembrar o exposto por pai Matta e Silva, em sua obra “Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um preto-velho”, onde ele afirma que: “A Quimbanda é uma questão fina, difícil de explicar para os entendimentos comuns. Porque, fácil é dizer muitas coisas e atribuí-las aos Exus e com isso criar um conceito enganador que ilude e faz com que os fracos de espírito, ignorantes e mesmo os ingênuos as sigam” Com a atual evolução do pensamento humano, é assim anunciada a hora da desmistificação e superação de tabus e crendices, que outrora assustavam aos desavisados ou profanos à cerca da entidade conhecida, de forma popular, como Exu.
Precisamos nos livrar de concepções católicas criadas sobre o que seriam criaturas do mal, pois devemos buscar o conhecimento e superar tais crendices e visões carregadas de dogmas de outras culturas, que no fundo não conseguem compreender a amplitude desses soldados do astral.
Como apontado por mestre Obashanan, em seu artigo " A gira cósmica": Exu vem, para romper a dura casca do ovo formado por nossas ilusões. Frente a uma nova realidade, é Exu quem nos mostra o caminho a ser seguido, iluminando as trevas de nosso eu conturbado. Misteriosas, estas entidades deixam-nos “hipnotizadas” com sua sagacidade.
Assim, irmãos meditemos até que ponto nossos pensamentos sobre esses maravilhosos seres podem estar influenciados por concepções errôneas. Façamos uma análise sobre o verdadeiro arcano que representa os guardiões e encontraremos sua bela face, que certamente nem se aproxima desses entendimentos maldosos.