PEDRA DESBASTADA
domingo, 5 de maio de 2019
REFLEXÕES SOBRE AS FLORES
domingo, 11 de novembro de 2018
REFLEXÕES SOBRE A DEFUMAÇÃO
domingo, 1 de abril de 2018
INTRODUÇÃO AS TRÊS JOIAS DO BUDISMO
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
O mar: analogias, simbologia e a iniciação
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
As bruxas, o esbat e a Lua: uma verdade absoluta em qualquer dogma religioso
Nas noites de lua cheia, crescente e minguante, vemos as verdadeiras bruxas a celebrar nos seus altares, nas florestas, enfim diversos lugares. Mas afinal o que é um Esbat? Basicamente, poderíamos defini-lo como uma celebração, coletiva ou individual, que tem por objetivo a comemorar e, sobretudo, conectar-se as energias lunares.
É fato que as fases da Lua influenciam diretamente alguns aspectos físicos da nossa existência, como por exemplo as marés. Sendo assim, os conhecedores dessas energias buscam essa ligação para completar a fluência energética em seus corpos e ao redor.
Resumidamente, os Esbats tem por intuito a conexão com os ciclos da Deusa, em seus três aspectos: Donzela, Mãe e Anciã (Crescente, cheia e Minguante).
A simbologia da Lua está presente nas mais diversas culturas e religiões, e sempre carregada de significados muito ricos e temas coerentes entre si.
Muitas vezes, temos a representação da Lua ligado aos mistérios femininos, assim como o Sol aos mistérios masculinos, sempre envoltos numa ótica interpretativa de Pai e Mãe.
Assim engana-se quem pensa que tal influencia energética encontra-se apenas na bruxaria, pois saiba que os calendários religiosos tem por base os ciclos lunares.
cristãos, árabes e judaicos não são os únicos calendários que têm por base os ciclos lunares.
No Budismo, por exemplo, a Lua e suas fases estiveram ligadas a.muitos aspectos dá vida de Buda. Na Umbanda, ela está relacionada a mãe Yemanjá assim como regula o processo de plantio e colheita de ervas, entre outros aspectos. Até mesmo no catolicismo, a lua aparece em seus diversos simbolismo na história de Jesus Cristo.
Por fim, precisamos também refletir sobre essa dualidade luz e escuridão, a partir das relação Lua e Sol, pois ambos são complementares, e numa visão ampla da questão, entenderemos que há um casamento alquímico nessa relação, que muitas vezes fica de difícil compreensão a nós que somos acostumados com os pensamentos lógicos e racionais. Precisamos entender que essa duplicidade de concepções se entrecruzam, formando o equilíbrio necessário a vida, tanto no aspecto astral/energético assim como no sentido físico de nossa existência humana. Eis aqui o equilíbrio necessário a vida!
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Yin/Yang: a dualidade no caminho iniciático
Dentro do Taoismo, temos dois conceitos chaves denominados de Yin Yang, os quais expressam a dualidade de tudo que existe no universo. Dessa forma, podemos inferir que eles constituem as duas forças primordialmente complementares e opostas que dão o se tido daquilo que podemos denominar de Unidade. Basicamente, o yin é o princípio feminino, e o yang é o princípio masculino. Neste ponto to, podemos evocar a simbologia do Sol e da Lua, assim como a necessidade da relação luz e escuridão.
Nesse enredo de reflexão, poderemos inferir que teremos como a maior de sua representatividade a dualidade, a lei dos contrastes que são inerentes a nossa própria existência, o bem e o mal que estarão presentes na caminhada do aprendiz tanto em sua vida iniciática como na profana. Além disso, a presente alegoria, em sua totalidade, nos leva também de forma paradoxal, encontrar a ideia de um delicado equilíbrio onde estão sustentadas as energias positivas e as negativas, as mesmas que conduzem a uma coesão das forças que regem o Universo.
Nesse ponto, evocamos o Caibalion, livro básico do hermetismo, onde encontraremos o principio da polaridade, que de certa forma está ligado ao simbolismo Yin e Yang. De acordo com o respectivo principio, "tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto;o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados."
Assim, entendemos que o dualismo dos opostos nos governa em tudo, e experiência disso é prescrito para nós, até que, tendo aprendido a lição e superado, estamos prontos para o avanço a uma condição onde nós superamos o sentido dessa existência e os opostos deixam de ser vistos como opostos, mas são realizados como uma unidade ou síntese. Para encontrar aquela unidade ou síntese é conhecer a paz que passa, ou seja, a compreensão que ultrapassa a nossa experiência presente, porque nela as trevas e a luz são iguais, e os nossos atuais conceitos de bem e mal, alegria e dor, são transcendidas e encontrou sublimada em uma condição que combina os dois. E esta condição sublime é representado pela fronteira recuada contornando o preto e branco, mesmo que a Presença e Providência Divina envolve e abraça os nossos organismos temporais em que os opostos são inerentes.
Assim, a iniciação para além do conhecimento e prática, deve proporcionar ao iniciado transcender a visão fragmentada, provocando a visão integral do conhecimento dentro de seus aspectos temporariamente duais enquanto aprendizes, levando-nos a compreender a dualidade que forma a unidade
Logo, conhecer as alegorias fundamentais das diversas culturas e religiões, é compreender o funcionamento do universo e obter ferramentas para edificação do nosso templo interior e.plena realização das iniciação nos mistérios.
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Reflexões sobre a imagem de Exu
Às vezes fico a pensar nas imagens de Exu, nossos guardiões, que encontramos nos mais variados terreiros e lojas. Nesses pensamentos, entro numa análise da deturpação que muitos fazem de suas formas, comparando-os com seres horripilantes, que nada mais fazem do que reforçar a ideia profana de que os mesmos estariam ligados as coisas do mal, sendo seres horripilantes.
Importante refletirmos sobre quão bela e árdua é sua tarefa, e o quanto estão elevados espiritualmente quando comparados a nós. Diante disso, não vejo sentido continuarmos a reforçar essa concepção horripilante de sua aparência, pois sabemos que os verdadeiros guardiões são seres que trabalham para a execução da lei divina.
Nesse ponto, cabe-nos relembrar o exposto por pai Matta e Silva, em sua obra “Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um preto-velho”, onde ele afirma que: “A Quimbanda é uma questão fina, difícil de explicar para os entendimentos comuns. Porque, fácil é dizer muitas coisas e atribuí-las aos Exus e com isso criar um conceito enganador que ilude e faz com que os fracos de espírito, ignorantes e mesmo os ingênuos as sigam” Com a atual evolução do pensamento humano, é assim anunciada a hora da desmistificação e superação de tabus e crendices, que outrora assustavam aos desavisados ou profanos à cerca da entidade conhecida, de forma popular, como Exu.
Precisamos nos livrar de concepções católicas criadas sobre o que seriam criaturas do mal, pois devemos buscar o conhecimento e superar tais crendices e visões carregadas de dogmas de outras culturas, que no fundo não conseguem compreender a amplitude desses soldados do astral.
Como apontado por mestre Obashanan, em seu artigo " A gira cósmica": Exu vem, para romper a dura casca do ovo formado por nossas ilusões. Frente a uma nova realidade, é Exu quem nos mostra o caminho a ser seguido, iluminando as trevas de nosso eu conturbado. Misteriosas, estas entidades deixam-nos “hipnotizadas” com sua sagacidade.
Assim, irmãos meditemos até que ponto nossos pensamentos sobre esses maravilhosos seres podem estar influenciados por concepções errôneas. Façamos uma análise sobre o verdadeiro arcano que representa os guardiões e encontraremos sua bela face, que certamente nem se aproxima desses entendimentos maldosos.