Numa pesquisa rápida pela internet,
podemos encontrar na Wikipedia, a seguinte colocação sobre o Budismo: “O Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Siddhartha
Gautama, ou Sakyamuni (o
sábio do clã dos Sakya), o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C. em um reino,
onde era príncipe, entre o Nepal e a Índia. “(...) Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o
bem e purificar a própria mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o entendimento
da realidade última - o Nirvana(...)”
Diante do exposto, podemos inferir que
o budismo tem como um dos seus eixos norteadores a disciplina da mente,
processo pelo qual o adepto é chamado ao despertar da espiritualidade e da
compreensão da vida. Nesse caminho, o praticante busca o chamado “refúgio em
Buda” que consiste em três orientações para uma filosofia de vida, objetivando livrar
o praticante do sofrimento. O denominado refúgio em Buda é expresso pelo
Triratna, que é um termo sânscrito, que significa as Três Jóias, sendo elas: o
Budha, o Dharma e Sangha.
O Budha faz alusão ao ser iluminado,
ou seja, aquele que adquiriu a totalidade da consciência e conhecimento da vida
e do caminho que liberta o homem do sofrimento. Já o Dharma, está associado à doutrina da Lei Suprema e Divina,
e tomar refugio em Dharma é assumir o compromisso de
aprender diariamente e constantemente, ou seja, ser um Eterno Aprendiz. Por
fim, Sangha representa coletividade vivendo sobre a égide do Dharma.
Ao refletirmos sobre o
refúgio nas três joias do budismo, certamente, adentramos o aspecto da religiosidade
na prática e filosofia budista, visitando na presente reflexão o aspecto mais
sublime de qualquer religião, que se manifesta no objetivo da religação com
aquilo que transcende o mundo material, manifestando-se no aspecto divino.
Neste ponto, cabe-nos
recordar que dentro do estudo das ciências ocultas, em muitas escolas
esotéricas e filosóficas, verifica-se que as mesmas, em grande parte, estão
estruturadas num conhecimento ternário. Assim, o conhecimento é entendimento a
partir do princípio ternário, representando um arcano extremamente importante
no percurso da vida iniciática, uma vez que protege um profundo e infinito
segredo, onde estão guardadas as respostas para o mistério de todo o universo:
a origem de todas as coisas e de todos os seres.