“Sete
dias da semana, sete notas musicais,
Sete cores do arco-íris nas regiões divinais,
E se pintar tanto sete, eu já não aguento mais.” ( Raul Seixas)
Sete cores do arco-íris nas regiões divinais,
E se pintar tanto sete, eu já não aguento mais.” ( Raul Seixas)
O número 7
está presente em tantos momentos de nossa vida, cerca-nos em tantas questões,
que hoje resolvi realizar uma especulação simbólica, filosófica, esotérica,
entre outros aspectos para compreender um pouco melhor.
Na
realidade, refletir e meditar sobre o número 7, é o mesmo que estudarmos o
mundo onde vivemos, uma vez que ele implica para sua compreensão o entendimento
do microcosmo e do macrocosmo.
Mas como
este não é um ensaio sobre Numerologia, vamos, apenas, apresentar o que mais
nos interessa, e realizar alguma divagações abertas as críticas e novas
perspectivas.
Curiosamente,
em observação, percebemos que temos:
7 Dias da Semana: Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado e Domingo.
7 Anjos Superiores dos Planetas: Gabriel, Rafael, Hanel, Michael, Samael, Zadkiel, Zafkiel.
7 Espíritos dos Planetas: Phul, Ophiel, Haegt, Och, Phaleg, Relor, Aratrom.
7 Espíritos /interiores dos Planetas: Gabriel, Rafael, Anae!, Michael, Samael, Tachel, Cassiel.
7 Virtudes: Esperança, Temperança, Amor, Fé, Fortaleza, Justiça, Prudência.
7 Metais: Prata, Mercúrio, Cobre, Ouro, Ferro, Estanho, Chumbo.
7 Vícios: Avareza, Inveja, Luxúria, Vaidade, Violência, Gula, Egoísmo.
7 Cores: Verde, Amarela, Violeta, Laranja, Vermelha, Azul, indigo (anil).
7 Notas Musicais: Fá, Mi, Lá, Ré, Do, Sol, Si.
7 Dias da Semana: Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado e Domingo.
7 Anjos Superiores dos Planetas: Gabriel, Rafael, Hanel, Michael, Samael, Zadkiel, Zafkiel.
7 Espíritos dos Planetas: Phul, Ophiel, Haegt, Och, Phaleg, Relor, Aratrom.
7 Espíritos /interiores dos Planetas: Gabriel, Rafael, Anae!, Michael, Samael, Tachel, Cassiel.
7 Virtudes: Esperança, Temperança, Amor, Fé, Fortaleza, Justiça, Prudência.
7 Metais: Prata, Mercúrio, Cobre, Ouro, Ferro, Estanho, Chumbo.
7 Vícios: Avareza, Inveja, Luxúria, Vaidade, Violência, Gula, Egoísmo.
7 Cores: Verde, Amarela, Violeta, Laranja, Vermelha, Azul, indigo (anil).
7 Notas Musicais: Fá, Mi, Lá, Ré, Do, Sol, Si.
Assim
poderemos continuar enumerando muitos outros setenários, porém bastam estes. Agora,
voltando nosso olhar, especificamente, para dentro da Umbanda, veremos que o
número sete é utilizado em diversos pontos, em oferendas e também está presente
no nome de várias entidades que militam nessa corrente.
Basicamente,
encontramos que o sete é uma combinação do três com o quatro. Eliphas Levi,
expressa em seu livro “ Dogma e Ritual de Alta Magia, que o setenário é um número
sagrado, pois está composto da tríade e o tetra. O número sete representa poder
mágico em toda sua abundância; é a mente reforçada por todas as potências
elementares; é a alma servida por natureza; é o SANCTA REGNA pela leitura
dentro das Chaves de Salomão
Na Grécia
antiga, entre os pitagóricos, o 3 era considerado o número perfeito por ter
princípio, meio e fim. Por essa razão, o 3 era considerado o símbolo do divino.
Para quem não sabe, o sete é uma combinação do três com o quatro. Aqui, o Três,
representado por um triângulo, é o Espírito e o quatro, representado por
um quadrado, é a Matéria.
Sobre o número três diversos exemplos na Literatura especializada. Vejamos o significado do número quatro, ou seja, o quartenário.
O quatro sempre foi estimado como o número do mundo físico. O quatro está relacionado aos quatro pontos cardeais. Ainda podemos buscar outras exemplificações, tais como: 4 elementos, 4 estações do ano, 4 fases da Lua, etc.
Ainda
dentro do prisma de que o número 7 é constituído de 4+3, podemos encontrar
algumas reflexões importantes no estudo do sétimo arcano, conhecido como o
Triunfo. Dentro da escola gnóstica, apoiando aqui nossas reflexões em Samael
Aun Weor, mais especificamente em sua obra “O caminho iniciático nos arcanos do
tarôt e da cabala”, encontraremos a descrição da lâmina contendo:
“nas águas da vida, duas esfinges, a Branca e
a Negra, que puxam o seu carro, simbolizando as forças masculinas e
femininas. Um guerreiro que representa o
Íntimo está de pé no seu carro de guerra, na pedra cúbica (o sexo) e entre os 4
pilares que constituem a Ciência, a Arte, a Filosofia e a Religião, nas quais
se desenvolve. Os 4 pilares também representam os 4 elementos, indicando que
aquele os domina. Na sua mão direita está a espada flamejante e na sua mão
esquerda, o báculo do poder. A couraça é a ciência divina que nos torna
poderosos. O guerreiro deve aprender a utilizar o Báculo e a Espada, desse modo
conseguirá a grande vitória. Na sua cabeça, um gorro de 3 pontas, representa as
3 forças primárias. Na parte superior aparece RA, o Cristo Cósmico (as asas). ”
( Samael Aun Weor).
Nesta
perspectiva, o número 7 representa a vida na terra, constituindo-se na primeira
manifestação do homem para o entendimento do mundo divino. Nesse momento,
cabe-nos destacar que a segmentação numérica, onde teremos como seu numeral
posterior o número 8, que de forma geral está ligado às coisas infinitas e
divinas. Assim, o número 7 é a fronteira da passagem do conhecido para o
desconhecido. Assim, avançando nas nossas reflexões, vemos no número em questão
a ligação do espiritual com o material.
É possível
detectar essa analogia também dentro do cristianismo, na oração do Pai Nosso,
podendo encontrar nela 7 postulados principais, sendo eles:
1)
Santificado seja o vosso nome;
2) Venha a
nós o vosso reino;
3) Seja
feita a vossa vontade, assim na terra como no céu;
4) O pão
nosso de cada dia nos daí hoje;
5) Perdoai
as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido;
6) Não nos
deixeis cair em tentação;
7)
Livrai-nos do mal.
Para além
dos 7 postulados, podemos também inferir que o sete representado na oração
advém da ideia de 4+3, pois temos três postulados dirigidos a Deus e quatro
para o homem, representando o mundo material.
Nesse
ponto, cabe-nos apontar a Escada de Jacob
(Jacó), referenciada na bíblia em Gênesis 28,11-19, que emerge no presente
contexto quando Jacob teve essa visão durante o sono, de uma
escada, cujos pés repousavam sobre a terra, e cujo topo chegava aos céus. Anjos
continuamente subiam e desciam através dela. O número de degraus mais aceito
para a interpretação dessa passagem bíblica é de um total de 7. Dentro dos
conceitos Rosacruz, numa perspectiva simbólica ampla, cada degrau da
escada estaria ligado as montanhas dos setes episódios
relacionado com o povo judeu, sendo o
sétimo a representação de Jesus no Monte
da Oliveiras. Assim, seria esse o momento de entrega total a espiritualidade.Aqui
também destacamos que para a Maçonaria, a escada de Jacó simboliza a ligação do
plano físico com o espiritual, corroborando com o pensamento expresso no
parágrafo anterior, onde fora apontado que o 7 é a fronteira da passagem do conhecido para o
desconhecido. Ainda, conforme aponta João Anatalino, podemos acrescentar que no Hinduísmo já se
creditava a existência da Escada
de Brahma, na qual os iniciados nos mistérios daquela religião
deviam subir. Ainda de acordo com João Anatalino, “os hindus acreditavam que o
mundo era composto por sete estratos, cada um atingível por um escada, ou nível
de sabedoria iniciática. O primeiro estrato era a terra, e a consciência
humana, o mais ínfimo deles. O segundo era o mundo dos espíritos, ou da
reencarnação. O terceiro era o céu. O quarto era um estado intermediário onde
as almas ficavam, assim que desencarnassem. O quinto era o mundo da
regeneração, onde as almas eram preparadas para reencarnar novamente. O sexto
era o Palácio do Grande Rei,
onde habitava Brahma, o Grande
Princípio Criador dos céus e da terra. O sétimo era o mundo de
Brahma, onde habitava Brahman, a Essência, o Incriado, a Verdade em Si Mesma, o
En Shoph dos
cabalistas, o próprio Deus em sua essência, o Pai da Luz”.
Na Umbanda,
o número 7 está associado ao orixá Ogum, que tem como astro regente Marte e
signo zodiacal áries e escorpião. Dentro da simbologia de algumas escolas
ocultistas, encontraremos o planeta marte associado ao elemento fogo, onde por
meio de analogias, e estudos mitológicos – os quais não aprofundaremos no
presente ensaio- chegaremos a representação de Ogum. Interessante observarmos
que Marte, na mitologia Grega, era o Deus da Guerra. Ainda cabe-nos salientar
que o Ogum é o primeiro orixá a descer do Orun para o Aiye, mostrando aí também
uma possível ligação dele com o número 7 e a ideia da ligação espiritual e
material avocada por tal número. Por outra perspectiva, considerando a
concepção de 4+3, encontraremos também o referido orixá na sua figura de
guerreiro e dominador.
Ainda dentro
da Umbanda, embora sejamos conhecedores das transformações sofridas pelo
vocábulo que nomeia a religião, é importante notarmos que o mesmo tem sete
letras, e que sua tradução é o conjunto das lei de Deus, que em suma mostra a
ligação com a ideia inicial exposta no texto do 7 como resultado de 4+3, pois
as leis de Deus regem o princípio espiritual e material.
Segundo
Alexandre Culmino, em seu livro “Deus, Deuses, Divindades e Anjos”, “O
filósofo grego Platão de egina (429 – 347 a.C.) no seu “Timeu”, ensinava que ,
“do número sete foi gerada a alma do mundo”. Santo Agostinho via nele o
“símbolo da perfeição e da plenitude”. Santo Ambrósio dizia que era “o símbolo
da virgindade”. Este simbolismo era assimilado pelos Pitagóricos, entre eles
Nicômano (50 d.C.), em que o “sete era representado pele deusa Minerva (a virgem)”
que era a mesma Atena de Filolau (370 a.C.). Por outro lado, na antiguidade
associava-se o sete: a VOZ, ao SOM, a CLIO, musa da história, ao deus egípcio
OSIRIS, às deusas gregas: NÊMESIS e ARASTIA e ao deus romano MARTE”.
No livro “
O simbolismo dos números na maçonaria”, Boanerges Castro expõe que todas as
células de nosso corpo a cada SETE anos,
se renovam inteiramente de modo tal que somos, na realidade, um individuo
inteiramente novo em cada SETE anos de vida.
Assim,
encerramos o presente texto com a convicção de que há muito ainda para se
conhecer sobre o número aqui estudado, lembrando que os segredos são guardados
a sete chaves.